3 de setembro de 2013
Vamos do começo: Quando eu tinha 5 anos, descobri que tinha um câncer raro na perna direita. No ano 2000,  fui a um hospital que trata crianças com câncer, e la disseram que essa doença só poderia ser retirada em cirurgia, e foi o que deu. Novamente em setembro de 2001, fiz uma nova cirurgia, porque haviam alguns restos do tumor, o que poderia resultar a volta da doença. Dessa vez deu tudo certo na operação e desde então faço acompanhamento no mesmo hospital, para que eles possam analisar se a doença retornou ou se está tudo bem . Graças a Deus, nunca mais tive que me submeter a qualquer outra cirurgia .
Naquela época, eu era uma criança ingênua e não sabia exatamente o que estava se passando. Tudo o que as pessoas da minha família e os médicos diziam era: "Vamos tirar esse caroço da sua perna, tudo bem Carol?"  Antes da cirurgia, os médicos procuravam outras maneiras para que eu não precisasse me submeter ao precedimento cirúrgico, melhor dizendo:  pensaram em me colocar para fazer quimioterapia. A única coisa que eu sabia naquela época sobre a quimioterapia, era que o cabelo acabava por cair completamente e eu não queria que aquilo acontecesse comigo .

foto : weheartit


Como eu disse, venho fazendo acompanhamento desde 2001 e a alguns dias atrás voltei a ir ao hospital para mais uma dessas consultas. Não sei o que mudou desde a última vez que estive lá, mas ao entrar lá e ver todas aquelas crianças, alguns carecas, outras sem algum membro, ou amparado por muletas... Eu me senti fútil. Sei que naquela época eu era apenas uma criança e o único mal que vi naquela situação toda era ficar de fato sem cabelo. Hoje eu entendo que se eu realmente tivesse ficado careca não teria problema, porque eu não seria apenas: Carol a "garota careca". Eu sei que seria mais do que isso e sei que todas aquelas crianças com câncer são mais do que apenas crianças com câncer. A atmosfera de lá, é algo impressionante de se sentir, juro. Por todos os corredores, todos os consultórios, há um ar de esperança, para todos que estão ali. E eu sei que é importante você se sentir seguro, em momentos difíceis como o que aquelas crianças passam. Hoje, eu vejo que há tanto por trás de tudo aquilo que passei. Sabe, eu agradeci a minha mãe e a minha vó por tudo o que elas fizeram por mim naquela época, agradeci a Deus e a vida que me deu mais uma chance.
As vezes nos preocupamos com a roupa, o sapato que usamos ,a próxima balada, o garoto que estamos afim, mas tem certos momentos na vida que você se depara com algo que não há maneiras de fugir .
Eu acredito na ideia de que devemos agradecer por cada dia (não no facebook, please!). E que se a vida nos deu mais uma chance pra continuar devemos ser merecedores dela .

Obrigada por me deixarem desabafar aqui e contar um pouquinho da história da minha vida.
Até mais, XOXO, Carol B.

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Emy Novais

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